quinta-feira, 8 de julho de 2010

Café



Por Camila Schmitt

Café 
A bebida mais apreciada no mundo é também a melhor dica para esta época do ano. Quente e saboroso, existem vários tipos e sugestões. Vários estudos já foram e estão sendo feitos sobre as propriedades do café, indiscutível é que a composição do grão faz do café uma bebida saudável e natural. 
Segundo estudiosos, o café não possui apenas cafeína, mas também potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais, embora em pequenas quantidades. O grão do café também possui aminoácidos, proteínas, lipídeos, além de açúcares e polissacarídeos. Mas, o principal segredo: possui uma enorme quantidade de polifenóis antioxidantes, chamados ácidos clorogênicos. Durante a torra do café, esses ácidos clorogênicos formam novos compostos bioativos: os quinídeos. É nessa etapa também que as proteínas, aminoácidos, lipídeos e açúcares formam os quase mil compostos voláteis responsáveis pelo aroma característico do café.  
A origem do café 
A palavra "café" vem do árabe Kahoua ou Qahwa (o excitante) e designa: o fruto do cafeeiro; bebida preparada por infusão de água quente com café torrado e moído; lugar público onde se tome café ou outras bebidas; cor café, um marrom escuro que lembra o grão de café torrado. 
Segundo a lenda, há muito tempo, um jovem pastor chamado Kaldi, tomando conta do seu rebanho de cabras, em uma montanha árida e ressecada na Absínia, hoje Etiópia - onde somente algumas pobres moitas esqueléticas conseguiam incrustar suas raízes nas rochas -, observou que, durante a noite, alguns de seus animais desapareciam atrás da montanha durante algumas horas, e voltavam saltitantes. Kaldi ficou irrequieto, pois estava convencido que suas cabras estavam “possuídas pelo diabo”. Uma noite ele seguiu os seus animais e os viu pastarem com um notável prazer os pequenos grãos vermelhos que se encontravam sob o arbusto que nunca tinha visto. No final de alguns minutos desta refeição imprevista, as cabras e o "velho bode" começaram a dançar à luz da lua.   
Kaldi recolheu alguns grãos e os comeu com tanto prazer que ficou na sua boca uma agradável sensação de frescor. O resultado foi inesperado: assim como os carneiros, Kaldi começou a dançar. Nunca houve na Terra um pastor tão alegre. Kaldi comentou sobre os frutos com um monge da região, que decidiu os experimentar. O monge apanhou um pouco das frutas e levou consigo até o monastério. Ele começou a utilizar os frutos na forma de infusão, percebendo que a bebida o ajudava a resistir ao sono, enquanto orava, ou em suas longas horas de leitura do breviário. Esta descoberta se espalhou rapidamente entre os monastérios, criando uma demanda pela bebida. As evidências mostram que o café foi cultivado, pela primeira vez, em monastérios islâmicos no Yêmen.